
A cena mais impressionante é quando a personagem pega a terra em suas mãos e diz que se tivesse que matar, roubar e fazer o que fosse, faria, mas nunca mais passaria fome de novo. Perguntei-me, após vê-la casar-se com o pretendente da irmã, se causar o sofrimento dos outros seria justificado pelo fato de que ela é uma menina que sofreu muito com as perdas ocasionadas pela guerra.
“O feitiço vira-se contra o feiticeiro” é um ditado que tem um papel importante no filme. Tomada por sua vaidade e por sua obsessão, Scarlett deixa escapar o amor de sua vida, e por conta de seus caprichos e de seu desinteresse acaba perdendo sua filha também.
Não preciso dizer que a elaboração psicológica da personagem foi o que mais me encantou, por esse fato não soube afirmar no final se eu a amava ou a odiava. Scarlett não é nada mais nada menos do que uma pessoa que as vezes cega-se por amor, se envaidece, ou endurece-se nas grandes dificuldades da vida como todos nós, mas acho que a mudança que a guerra causou foi um fator decisivo no caráter dela, como se a realidade fosse encarada por ela pela primeira vez.
Fazendo um comentário ala Lacerdinha, foi impossível não me identificar com scarlet.